23 de out. de 2007

Esperanto: o idioma da paz e da fraternidade

Publicada em: 22/10/2007
Autor: União Planetária


Luis Zamenhof - criador do Esperanto

A comunicação é uma habilidade natural dos seres humanos. No entanto, há ocasiões em que ela se torna difícil em razão da chamada barreira idiomática. Para o entendimento verbal com pessoas que não falam o nosso idioma precisamos investir muito tempo e dinheiro em aprender outras línguas. No entanto, há uma maneira muito prática de se comunicar com pessoas do mundo inteiro, falando um único idioma: a língua internacional esperanto.

O esperanto é uma língua internacional planejada, concebida pelo polonês Luís Zamenhof em 1887 e alimentada desde então pelas aspirações de paz e fraternidade de pessoas de todos os continentes. Sua finalidade é servir de meio de comunicação entre pessoas que falam idiomas diferentes. Seu aprendizado é relativamente fácil porque ele possui um alfabeto fonético, uma estrutura gramatical regular e um sistema simplificado de formação de palavras. Estudando duas ou três vezes por semana é possível aprender o esperanto em poucos meses.

Há milhares de pessoas que falam o esperanto, hoje presente em mais de cem países do mundo. Milhares de obras já estão publicadas nesse idioma, sejam originais ou traduzidas de diversas culturas. Cerca de uma centena de periódicos são editados regularmente em esperanto. Há filmes, músicas e sites na Internet, de modo que o esperanto é de fato uma realidade em todo o mundo.


"A terra é um só país e os seres humanos seus cidadãos"
-Bahá'u'lláh-

21 de out. de 2007

Oração de meditação e reflexão

Ó Tu cuja comemoração é o deleite das almas de todos os que por ti anseiam , Cujo Nome é o extase dos corações de todos aqueles devotados inteiramente à Tua Vontade e Cujo louvor é acariciado por aqueles que se aproximaram de Tua Corte! Tua face é o desejo ardente de todos os que reconheceram Tua Verdade; Tua provação é a cura das enfemidades dos que abraçaram Tua Causa; Tua calamidade é a mais alta aspiração dos que se livraram de todo apego a outro senão Ti !

Glorificado, imensurável glorificado és Tu, em Cujas mãos está o império de tudo o que se acha nos céus e sobre a terra- Tu que, com apenas uma palavra , fizeste todas as coisas expirarem e se dissolverem e, por ainda outra palavra , causaste a combinação e reunião de tudo o que se separa! Magnificado seja Teu Nome , ó Tu que tens poder sobre todos os que estão na terra, Cujo domínio abrange tudo no céu da Tua Revelação e no reino da Tua criação . Ninguém Te pode igualar em Teus reinos criados , ninguém se comparar Contigo no universo que moldaste. Jamais foste compreendido por mente humana , nem pode a aspiração de qualquer alma atingir-Te. Tua grandeza me dá testemunho ! Fosse alguém voar com quaisquer asas , por tanto tempo quanto durasse Teu próprio Ser, em toda a imensidade do Teu conhecimento , não teria ele ainda o poder de transgredir os limites que este mundo eventual lhe impôs . Como aspirará tal homem , pois, alçar vôo para o recinto da Tua excelsa pena?

Quem admite sua fraqueza e se confessa pecador está realmente dotado de compreensão , pois se qualquer coisa criada pretendesse a alguma existencia perante as infinitas maravilhas da Tua Revelação , tão blasfema pretensão seria o mais odioso crime em todos domínios de Tua invenção e criação. Poderá haver , ó meu Senhor , quem possua o poder de pretender para si existência alguma , qunado Tu revelas os primeiros vislumbres de Tua transcedente soberania e grandeza? A própria existência é como nada quando face a face com as grandes e múltiplas maravilhas do Teu Ser incomparável.

Longe, imensurável longe , estás Tu elevado acima de todas as coisas , ó Tu que és o Rei dos Reis! Imploro-Te , por Ti mesmo e por Aqueles que são os Manifestantes de Tua Causa e os Alvoreceres de Tua autoridade, que ordenes para nós o que ordenaste para Teus eleitos. Não nos prives daquilo que destinaste a Teus bem-amados, os quais, assim que Teu chamado lhes atingiu, apressaram-se a Ti e, quando os esplendores da luz do Teu Semblante se irradiaram sobre eles, prostraram-se instantaneamente em adoração ante Tua Face.

Somos Teus servos, ó meu Senhor, sob o domínio do Teu poder.Se Tu nos punisses com o castigo que foi infligido às gerações anterior, Teu veredicto seria justo, certamente, e Teu ato seria louvável. Poderoso és para fazer o que Te apraz. Não há Deus senão Tu, o Onipotente, o Todo-Glorioso, o Amparo no Perigo, o Subsistente por Si Próprio.

Bahá'u'lláh


"A terra é um só país e os seres humanos seus cidadãos"
-Bahá'u'lláh-

19 de out. de 2007

O BÁB, A PORTA DE ENTRADA DO REINO DE DEUS NA TERRA!


Báb

Siyyid ‘Ali-Muhammad (Persa: سيد علی ‌محمد‎ ) (20 de outubro de 1819 a 9 de julho de 1850), conhecido como o Báb (“A Porta”), foi o Profeta fundador da Fé Babí e precursor da Fé Bahá'í. Nasceu em Shíráz, Pérsia (atual Irã).

Aos vinte e cinco anos proclamou ser o Qá’im (ou Mihdí) “Aquele Que Se Levanta” prometido aos maometanos, cuja vinda introduziria uma nova era para a humanidade. Além de fundar uma religião independente, a fé Babí, o Báb afirmou que Sua principal missão era anunciar a manifestação de um Profeta ou Manifestante de Deus que brevemente se revelaria.

O Báb significa "A Porta" (Árabe: باب‎), título designado por Ele mesmo, simbolizando o período de transição de Sua Manifestação Àquele a quem brevemente surgiria, na qual O Báb denominava "Aquele que Deus tornará Manifesto".

Seis anos após Sua declaração, O Báb foi executado por tropas de fogo em Tabríz.

Entre seus principais títulos estão, "O Ponto Primaz" e o "Ponto do Bayán".

História

Infância e Juventude
Siyyid ‘Ali-Muhammad (O Báb) nasceu em 20 de outubro de 1819 em Shiráz, ao sul do Irã. Seu pai morreu quando Ele ainda era criança, sendo levado a viver sob os cuidados do tio materno, comerciante de Shiráz, que O criou e colocou-O na escola em tenra idade. [2][3] Aos quinze anos entrou no comércio, tendo abandonado a escola devido ao fato de que, de acordo com vários autores, Seu professor se queixava com Seu tio de que Ele não precisava de escola.[4] Casou-se aos 22 anos com Khadíjih-Bagum, que tiveram um filho Ahmad, que morreu ainda quando criança.

Era um Siyyid, descendente de Muhammad (Maomé).


A Procura do Prometido
Em 1790 na Pérsia, um movimento iniciado por Shaykh Ahmad, aguardava a vinda do esperado Qá'im dos muçulmanos, também chamado Mihdí. Depois da morte de Shaykh Ahmad, a liderança passou para Siyyid Kázim, ficando encarregado de guiar Seus discípulos ao Prometido. Siyyid Kázim possuía muitos seguidores, e sempre lhes dizia que a vinda do Prometido estava próxima. Mullá Husayn foi um dos mais notáveis de seus seguidores. Pouco antes de morrer, Siyyid Kázim deixou algumas instruções a seus seguidores, de que deixassem seus lares e se espalhassem a procura do Prometido.

Mullá Husayn ao chegar em Shiráz foi recebido por um jovem, que mais tarde afirmou para ele ser o Prometido, o Qa'ím aguardado pelos muçulmanos, e o anúncio da vinda de uma Mensageiro maior que Ele próprio, ao se declarar se intitulou como O Báb "A porta".

Mullá Husayn foi então o primeiro a abraçar a Fé Babí.

Letras do Vivente
Antes de proclamar abertamente Sua missão, O Báb aguardava por 18 pessoas que espontâneamente o procurassem e o aceitassem como o Prometido, esses primeiros discípulos foram denominados como "Letras do Vivente".

Entre eles estava uma mulher, Táhirih, que aceitou O Báb sem nunca ter chegado a encontrá-Lo. Teria ela O visto através de um sonho.

Quddús foi o 18º a reconhecê-Lo.

Após estas 18 declarações, O Báb os instruiu a espalharem essa Nova Fé.

Perseguição
A Mensagem do Báb causou grande repercussão, e tanto Ele quanto seus seguidores foram alvos de perseguição e violências. Diversos expositores afirmam que os Mullás (pessoas eminentes da época), acreditavam que quando o Qai´m esperado pelos muçulmanos viessem, conseguiriam alcançar um poder maior. O que O Báb ensinava, entretanto, rompia as velhas barreiras e princípios que vigoravam no governo Persa, do qual predominava a corrupção em todos os setores dessa sociedade. A situação do Irã no final do século 19 era abominada por muitos Europeus que por lá passaram, deixando registros sobre a decadência de tal civilização. Não havia dúvidas, que o objetivo era exterminar a Fé Babí.


Santuário do Báb em Haifa, Israel.O Báb foi aprisionado em vários locais, sendo finalmente fuzilado em Tabríz, em 1850, por um pelotão de 750 soldados. Após sua morte, mais de 20.000 de seus seguidores foram martirizados.





História da Execução

Ordens para matar o Báb.
As forças do Sháh e os membros do clero sofriam derrotas humilhantes pelo país inteiro, foi então que o primeiro ministro, Mírza Taqí Khán, resolveu atacar o próprio chefe da Fé, ordenou então que o Báb fosse levado de Chiríq para Tabríz, contatou o governador sobre a transferência.

Três dias depois do Báb ser transferido para Tabríz, a ordem para matar o Báb foi enviada ao governador, que recusou imediatamente. Teria dito:"Esta é uma tarefa para o mais vil, quem sou eu para ser mandado matar um inocente descendente do nosso próprio Profeta?"

nota:O Báb era descendente da família de Baní-Háshim, que era da família de Maomé, e através de Ismael do Próprio Abraão.

O primeiro ministro então ordenou o próprio irmão, Mirzá Hasan Khán, a cumprir as ordens de executar o Báb. O irmão mandou então que transferissem o Báb para a cela da morte nos quartéis da cidade. Ordenou a Sam Khán, chefe do regimento de execução, que posicionasse dez guardas especiais, do lado de fora da cela do Báb.[8]


Muhammad 'Alí (Annís)
Quando O Báb estava sendo levado pelo pátio à cela, um rapaz de 18 anos saiu da multidão e correu a seu encontro, e arremessando-se aos pés do Báb disse: "Não me afastes de Ti, ó Mestre, aonde Tu fores, deixa-me ir Contigo."[8] O Báb sorriu-lhe e respondeu:"Levanta, Muhammad 'Alí, e fica convicto que tu estarás em Minha companhia. Amanhã testemunharás o que Deus decretou."

Este jovem foi preso na mesma cela que o Báb e condenado à morte com Ele - este jovem é conhecido como Annís, havia conhecido a Fé do Báb quando Este passou por Tabríz pela primeira vez.

Na noite anterior ao martírio do Báb, Siyyid Husayn, uma testemunha, deixou o seguinte relato: "Indiferente à tempestade que rugia ao Seu redor, conversava conosco e animava-nos alegremente. As tristezas que tanto pesar Lhe causaram pareciam ter sumido completamente."


Dia da Execução
Na manhã seguinte, enquanto os doutores da lei autorizavam a execução, assinando o decreto de morte, o Báb estava mantendo uma conversa confidencial com Siyyid Husayn, um de Seus discípulos que havia servido como Seu secretário. O Báb dava-lhe instruções. O chefe da guarda o interrompeu neste momento, e insistiu que o Báb partisse imediatamente. O Báb virou-Se para ele censurando-o severamente, afirmou que até que Ele tenha dito todas as coisas que deseja, nenhum poder na terra O poderia silenciar.

Surpreso, o chefe da guarda porém, insistiu que o Báb o acompanhasse sem demora - interrompendo a conversa com Husayn.

O chefe da guarda entregou o Báb nas mãos de Sam Khán, líder do regimento, para realizar a execução. Sam Khán, porém, agitado pela ação que deveria realizar e pelo comportamento do Báb, aproximou-se Dele e em particular disse: "Eu sou cristão, e nada tenho contra Tua pessoa. Se Tua causa for verdadeira, livra-me então da obrigação de derramar o Teu sangue." O Báb então orientou-o a seguir suas obrigações:"Siga tuas instruções e se de fato fores sincero, o Todo Poderoso certamente livrar-te-á de tuas perplexidades."

O Báb e Seu companheiro, Muhammad-'Alí, então foram pendurados por cordas no pilar entre as portas do quartel. Muhammad implorou a Sam Khán que o colocasse de forma que seu próprio corpo servisse como escudo para o corpo do Báb. Ele foi erguido e sua cabeça pousou sobre o peito do Báb.

O Journal Asiatique relata: "O Báb permaneceu silencioso. Seu belo pálido rosto... seu aspecto, suas maneiras refinadas, suas mãos brancas e delicadas, suas roupas simples, porém muito asseadas - tudo n'Ele despertava simpatia e compaixão."


Primeira ordem para abrir fogo
Cerca de 10.000 (dez mil) pessoas estava presentes na praça, sendo que muitos se esforçavam para assistir à execução nos telhados das casas em volta. Muitos autores expressam o fato de que aquelas pessoas estavam esperando qualquer sinal de milagre para mudar suas atitudes hostis, procuravam drama, mas o Báb os estava decepcionando.

Depois de terem sido amarrados no pilar, o regimento de soldados se posicionaram em três fileiras, cada uma com 250 homens.

Foi então dada a ordem, cada fileira abriu fogo por sua vez, até que todo o regimento tivesse descarregado suas balas no Báb e em seu companheiro.


Desaparecimento do Báb
Um dos relatos históricos daquele momento: "A fumaça da descarga de 750 rifles foi tanta que escureceu a luz do sol do meio-dia. Assim que a nuvem de fumaça dissipou-se, a multidão estupefata olhava para uma cena que seus olhos mal podiam acreditar. Lá, de pé, em frente deles, vivo e sem nenhum ferimento estava o jovem, enquanto que o Báb, havia desaparecido de suas vistas. Apesar de que as cordas os suspendiam estivessem feitas em tiras pelas balas, seus corpos no entanto, haviam miraculosamente saído ilesos."

A multidão se agitou frente ao fato ocorrido, tornando-se perigosa. A procura pelo Báb se tornou frenética.

M.C. Huart, um autor francês que escreveu sobre o episódio, descreve: "Para acalmar a frenética multidão, que naquela agitação já acreditava nas reivindicações de uma religião que estava demonstrando sua verdade, os soldados mostravam as cordas despedaçadas pelas balas, querendo provar que na verdade, nenhum milagre havia acontecido." O mesmo autor dá sua interpretação sobre esse acontecimento:"Inacreditavelmente, as balas não tocaram no condenado mas ao contrário, arrebentaram as cordas e ele ficou livre. Foi realmente um milagre."

A.L.M. Nicolas escreveu sobre o episódio: "Algo extraordinário aconteceu, único nos anais da história da humanidade: as balas cortaram as cordas que seguravam o Báb e Ele caiu de pé, sem nenhum arranhão."

A procura pelo Báb terminou a poucos metros do pilar de execução. Acharam-No de volta à cela do quartel, terminando Sua conversa com o secretário Siyyid Husayn. O Báb teria olhado para o chefe dos guardas e dito: "Eu terminei minha conversa. Podes agora cumprir com o teu dever."

Segunda ordem para abrir fogo
Sam Khán, ordenou que seu regimento saísse, pois não queria mais continuar com aquela tarefa em vista dos fatos ocorridos. Um novo esquadrão então foi organizado por um coronel que se voluntariou para levar em frente a execução.

O Báb e Seu companheiro foram novamente amarrados e o novo regimento preparava-se para atirar. Dessa vez as balas acertaram o alvo.

O martírio do Báb ocorreu ao meio dia, no dia 9 de julho de 1850, trinta anos após Seu nascimento em Shiráz.

Sucessão
Em 1863, Mírzá Husayn ‘Ali (1817-1892), conhecido como Bahá’u’lláh (“A Glória de Deus”), um dos mais destacados discípulos do Báb, proclamou ser “Aquele Que Deus Tornará Manifesto”, o grande manifestante de Deus anunciado pelo Báb e pelos manifestantes do passado.

Quase a totalidade dos seguidores do Báb abraçou a nova revelação, passando a denominar-se Bahá'ís.

O sepulcro do Báb fica em Haifa, na Terra Santa, no centro mundial da Fé Bahá’í.


Ensinamentos
Os ensinamentos do Báb enfatizavam a interpretação não-literal das profecias e estabeleciam o conceito de que todas as religiões reveladas foram transmitidas por Deus à humanidade, adaptadas para a época em que surgiram. Também ensinava a igualdade de direitos para os homens e mulheres e condenava os preconceitos.


Referências
↑ O Báb - Seleção dos Escritos do Báb
↑ Esslemont, John E. Bahá'u'lláh e a Nova Era (nova era não tem ligação a movimento de nome semelhante)
↑ Fé Bahá'í - O Báb, visitado a 22/12/2006
↑ Em algumas referências já citadas, diz o professor: ".. A doçura de Sua expressão ainda se detém em minha memória. Senti-me impelido a levá-Lo de volta a Seu tio, a entregar em suas mãos a incumbência que havia confiado a meus cuidados. Estava decidido a lhe dizer quanto me sentia indigno de educar um menino tão extraordinário."
↑ ((en))Wikipédia(O Báb)
↑ 6,0 6,1 Sears, William (1998) Que Brilhe o Sol (Release the Sun)ISBN 8532000355
↑ Nabíl, Os Rompedores da Alvorada, vol. II, p. 244-247
↑ 8,0 8,1 8,2 8,3 Sears, William, Que brilhe o Sol, Vol. II, p.186
↑ Nabíl, Os Rompedores da Alvorada, vol. II, p. 251
↑ Op. Cit. pág. 190
↑ Op. Cit. pág. 192
↑ Nabíl, Os Rompedores da Alvorada, vol. II, p. 181
↑ Journal Asiatique, 1866, livro 7, p. 378
↑ Nabíl, Os Rompedores da Alvorada, vol. II, p. 255-257
↑ A.L.M. Nicolas, Siyyid 'Alí-Muhammad dit le Báb, p. 375

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

5 de out. de 2007

Algumas explicações sobre a Fé Bahá’í

Os bahá’ís consideram sua Fé a renovação de toda religião profética. A revelação é progressiva. Cristo expressou este conceito ao dizer: "Ainda tenho muitas coisas que vos dizer mas vós não as podeis suportar agora, porém quando vier aquele Espírito da Verdade, ele vos guiará em toda a verdade." Cristo, como também os outros Instrutores divinos, prometeu a vinda de um Outro que guiaria mais uma vez Seus filhos... O bahá’í vê todas as grandes religiões proféticas como partes de um plano divino para educar o homem a fim de que ele possa por sua vez levar avante "uma civilização que há de evoluir sempre." Desde Abraão, cada Educador Divino tem trazido uma mensagem na qual se destaca algum princípio necessário, e cada vez se reiteram certos preceitos básicos por serem estes sempre verdadeiros, sempre vitais ao bem-estar do homem. Moisés trouxe uma mensagem- de justiça, Buda ensinou a renúncia, Jesus o amor, Maomé a submissão. Hoje, o Autor da Fé Bahá’í traz a mensagem da unidade. Mas através de todas essas mensagens se percebe a Regra de Ouro, segundo a qual todos os homens são irmãos, filhos de um só Deus. É óbvia a razão porque o Criador tem enviado uma série de Mensageiros. Assim como a criança no jardim de infância não está pronta para enfrentar a álgebra, também os homens no tempo de Jesus estavam longe de poder compreender o conceito de um só mundo. Naquele tempo, os meios de comunicação rápida não haviam ligado as nações. À medida que as condições mudam, deve a religião adaptar-se. E quando a religião declina, tem que ser revitalizada. Somente Deus pode efetuar a transformação. Essa transformação deverá ter início no coração dos homens do mundo inteiro. O ensino religioso só pode ter efeito se se educam os corações. Nosso Criador funciona através dos homens; são eles Seus instrumentos para criar novos padrões de ação, devendo, pois, evoluir. Urge haver homens de coração maduro, bem como de mente madura. O bahá’í acredita ser possível transformar-se a natureza humana, podendo-se enobrecê-la quando o homem se sujeita espontânea e conscientemente à Vontade Divina. Disforme era a humanidade à qual Bahá’u’lláh se dirigiu, aleijada de mente e espírito, e Ele proveu a cura. Na receita que ofereceu, a vida pessoal deve imbuir-se de um grande fluxo de amor e compreensão. Quando não podemos amar um indivíduo por suas características pes-soais, devemos apreciá-lo por amor a Deus. Todo homem é filho do Criador. Deve ser nosso objetivo ver a face de Deus – falando figuradamente – em toda criatura humana... Estes ensinamentos podem ser melhor compreendidos à luz de uma breve história da Fé Bahá’í Mundial. Não deve causar admiração o fato de não se haver anunciado em todo o mundo o nascimento da Fé. Jesus não figurou em cabeçalhos no Seu tempo. H. G. Wells observou com acerto que os primórdios do renascimento religioso "nunca são conspí-cuos." No dia 23 de maio de 1844, um jovem persa de vinte e cinco anos de idade, que viria a ser conhecido como o Báb, anunciou Sua missão: a de preparar o caminho para "Aquele que Deus tornaria manifesto", e de introduzir certas reformas vitais. À medida que o número de Seus adeptos crescia, o clero maometano se alarmava. Após apenas seis anos de ensino, Ele foi martirizado publicamente por ordem desse clero. Já cumprira, porém, Sua missão. Assim como João Batista preparou os corações e as mentes para o advento de Jesus, também o Báb abriu o caminho para a vinda de Bahá’u’lláh ("Glória de Deus"). Nascido numa família da alta nobreza da Pérsia, em 1817, Bahá’u’lláh deveria ter seguido os passos de Seu pai, que era Ministro de Estado do Xá, porém a isso renunciou. Ainda criança, mostrava sabedoria e bondade extraordinárias. Mais tarde, abraçou os ensinamentos do Báb sem receio das conseqüências, seguindo-se resultados catastróficos: a bastonada, a confiscação de Suas proprie-dades, longos anos de encarceramento e exílio. No ano de 1863, pouco antes de Seu degredo de Bagdá à cidade de Constantinopla, Bahá’u’lláh disse aos adeptos que era Aquele Cuja vinda não só o Báb mas todos os Profetas haviam predito. Esta estupenda verdade se insuflara Nele num tempo de grande sofrimento físico. Seus adeptos receberam esta declaração com júbilo intenso. Muitas notabilidades, inclusive o governador de Bagdá, vieram prestar homenagens ao Prisioneiro antes de Sua partida. Finalmente, para afastarem Bahá’u’lláh das multidões que se sentiam tão atraídas a Ele e à Sua Mensagem, encarceraram-No na terrível colônia penal de Akká, na Palestina. Por muito tempo, muros espessos excluíram-No da natureza que Ele tanto amava. O Professor Edward Granville Browne, da Universidade de Cambridge, única pessoa do Ocidente a visitar Bahá’u’lláh, conta-nos: "Desnecessário era perguntar em presença de quem eu me achava, enquanto me curvava ante Aquele que é objeto de uma devoção e um amor que os reis bem poderiam invejar e os imperadores suspirar em vão." Proferiu-lhe Bahá’u’lláh palavras de ânimo: "Só desejamos o bem do mundo e a felicidade das nações. Que todas as nações se unam na mesma fé e todos os homens se tornem irmãos; que se fortaleçam os laços de afeto e união entre os filhos dos homens, cesse a divergência de religião e se anulem as diferenças de raça. Que mal há nisso? E assim há de ser: essas lutas infrutíferas, essas guerras ruinosas passarão e a Maior Paz virá. ... Não se vanglorie o homem de amar a pátria; antes, tenha ele glória em amar sua espécie." Não permitindo que exílio e encarceramento Lhe sustassem a pena, Bahá’u’lláh escreveu longas epístolas aos governantes do mundo ocidental, exortando-os ao caminho da paz. Foi autor de muitos livros que abrangem inúmeros assuntos. Segundo seu conceito, a religião é uma atitude para com Deus que se reflete em nossa vida de todo dia. Assim Seus Escritos tratam da ética e moral, da fé em Deus, das relações humanas, da prece e da meditação; interpretam os Ensinamentos religiosos anteriores e as profecias do futuro; discorrem sobre a economia política, a educação e as relações entre as raças... Embora seja estupenda a pretensão de Bahá’u’lláh — a de ser o Prometido de todos os tempos, o Espírito da Verdade predito por Jesus — Sua sublime Mensagem, segundo a expõem esses Escritos, sustenta a pretensão. Com o falecimento de Bahá’u’lláh em 1892, Seu filho mais velho, ’Abdu’l-Bahá, tornou-se Seu intérprete autorizado da nova Fé. ’Abdu’l-Bahá visitou a América em 1912, difundindo a Mensagem de Bahá’u’lláh de costa à costa numa "tournée" histórica. Na Última Vontade e Testamento, ’Abdu’l-Bahá nomeia Seu neto, Shoghi Effendi, como o Guardião da Fé Bahá’í. Shoghi Effendi faleceu em 1957. Vinte mil martírios não lograram sustar a influência dos novos Ensinamentos que vieram então a abranger o globo e são apreciados desde Egedesminde, na Groelândia, até Magalhães do Chile, a cidade mais próxima do Pólo Sul. Bahá’ís já se estabeleceram em mais de 150.000 centros em 300 países e territórios. Há represen- tantes de raças, entre elas sudaneses da África, esquimós no Alaska e maoris na Nova Zelândia; as origens religiosas são muitas; traduziu-se a literatura para mais de 800 idiomas. Desde as ilhas de Fiji no Pacífico, do Japão e da Índia até a Alemanha e a Grã-Bretanha, onde quer que os bahá’ís se encontrem, corações e mentes associam-se em harmonia. Representantes da Comunidade Internacional Bahá’í ocupam atualmente lugares como delegados e observadores com status consultivo em diversos organismos das Nações Unidas, como a UNICEF, ECOSOC, UNEP e outros, convocados para selecionadas organizações não-governamentais. As atividades bahá’ís coordenam-se harmoniosamente dentro de um sistema administrativo que é tão simples quanto eficaz. Não havendo clero, é dever dos bahá’ís ensinarem a Fé e trabalharem onde quer que haja necessidade. Há bahá’ís isolados, outros em grupos; servem nos comitês, nas comunidades, nas Assembléias Locais, ou nas Assembléias Nacionais, ou na Casa Universal de Justiça. Não existe facção; tomam decisões após preces e consulta franca, com espírito de amor. Aqueles eleitos aos vários cargos têm as respectivas responsabilidades em virtude de mérito, a ninguém tendo de responder senão a Deus. Deste modo consegue-se unidade em meio a grande diversidade. Nesta Fé os homens vêem cumprirem-se as profecias, quase em nossos dias; acham a solução para seus problemas, respostas às suas preces; e paz de espírito e de coração. Os aspectos pessoais da Fé satisfazem o indivíduo; seus aspectos sociais haverão de curar uma civilização. Quem deseja conhecer a Fé Bahá’í deve lembrar-se de que esta Fé não somente é um vibrante apelo para a paz mundial, mas também convoca a todos poderosamente para Deus. A Palavra de Deus exorta o homem neste versículo de Palavras Ocultas: "Volve tua face para a Minha e renuncia a tudo menos a Mim; pois Minha soberania dura e Meu domínio não perece. Se buscares a outro senão a Mim, ainda que procures no universo para todo o sempre, em vão será tua busca."

Fonte: Site de Orações On Line

http://www.bahai.org.br/oracao

"A terra é um só país e os seres humanos seus cidadãos"
-Bahá'u'lláh-

4 de out. de 2007

UNIDADE NA DIVERSIDADE

UNIDADE
NA

D I V E R S I D A D E


Clique no endereço:

http://www.youtube.com/watch?v=lx3q5-FaVL4

"A terra é um só país e os seres humanos seus cidadãos"
-Bahá'u'lláh-


Falecimento Dr. Mário Hector em Goiânia

18/9/2007

Faleceu em Goiânia no dia 18 de setembro, Mário Hector, bahá'í pioneiro da Fé nesta capitem várias capitais nno Brasil, onde também prestou serviços à Fé.Vindo da Comunidade Bahá'í da Argentina se estabeleceu em Goiânia, deixou filhos e esposa.

A secretaria de correspondencia da Assembléia Espiritual Local de Goiânia, informa que enviou aos familiares, amigos e aos membros da comunidade Bahá'í de Goiânia o correio eletronico enviado da Assembléia Espiritual Nacional e da Casa Universal de Justiça, pelo passamento do nosso amado amigo e irmão bahá'í, Mário Hector Gomez.

Informamos que vários membros da comunidade bahá'í local, estiveram presentes em seu velório, e a pedido do Sr. Mário Hector, antes de sua partida, pediu para sua esposa que ele gostaria que fossem entoadas várias canções bahá'is.

O pedido foi atendido prontamente por membros da comunidade que entoaram:

1- Yá Bahá'u'´lláh, Yá allí 'u'lláh lláh!
2- Yá Bahá'u'lláh, Yá Bahá'u'lláh, Yá Bahá'u'lláh, Yá Bahá'u'lláh!
3- Alláhoma
4- Anjos de branco

A esposa de Mário Hector pediu que por várias vezes estas canções fossem entoadas,até depois de seu caixão ter decido à seputura, Sra. Viviane Gomez, doce e meiga transmitia uma paz enorme; e falou de seu grande amor e paixão pelo marido que marcara sua vida e que a ensinou, que somente o amor pode transformar todas as coisas. Um grande amigo, companheiro e pai para seus filhos que choravam, a difícil separação de quem marcou sem tamnho àquela família e o grande número de amigos que estavam alí chorando sua falta.

Tanto sua esposa quanto seu filho Nabil, falaram de seu total desprendimento de todas as coisas materiais e de todos os títulos adquiridos dos quais ele não gostava que fossem mencionados. Nabil Gomez , seu filho disse do quanto é dificil alguém partir daqui com sua vida sem nenhum pendência, e que seu pai resolveu todas as pendências que tinha aqui para resolver, ele foi sem nehuma questão para resolver, e desprendido de todos os títulos até mesmo dos rótulos espirituais.

Um de seus familiares Sr. Vinicíus de Abreu, cantou uma canção argentina, a que ele mais gostava :Voela Paloma Blanca.

Uma rosa branca foi entregue as famílias presentes, em símbolo deste amor transformador, enquanto era entoada a canção de ALLAHOMA.

A última canção após ter descido seu caixão foi:
Yá Bahá'u'lláh, Yá Allí 'u'lláh lláh!

Agradecemos a Casa Universal de Justiça; e as Assembléias Espirituais Nacional e a de Belo Horizonte. pelo envio de mensagens de conforto a família de Mário Hector Gomez e à sua família bahá'í das comunidades por onde ele viveu.

Amorosas saudações,

Secretaria de Correspondencia da Comunidade de Goiânia.

"A terra é um só país e os seres humanos seus cidadãos"
-Bahá'u'lláh-

1 de out. de 2007

Crimes contra a mulher

Nas semanas que se seguiram ao primeiro aniversário de sanção da Lei 11.340, chamada de Lei Maria da Penha, e cuja finalidade é introduzir maior rigor punitivo a crimes contra a mulher, aumentaram as estatísticas referentes a este gênero de delito.
A Lei Maria da Penha cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica contra a mulher, tem a cobertura do artigo 226 da Constituição Federal e, para que pudesse ser aplicada, produziu modificações no Código Penal, no Código de Processo Penal e na Lei de Execução Penal.
Na teoria, a Lei Maria da Penha sem dúvida fortalece os mecanismos para a aplicação rigorosa de meios punitivos contra os réus, os agressores da mulher, no plano doméstico, em circunstâncias nas quais as vítimas estão quase sempre indefesas, o que caracteriza ainda a agressão como um ato de extrema covardia.
Na prática, mesmo sob a vigência da Lei 11.340, não se pode ainda dizer que a mulher ficou bem mais protegida. O principal motivo é a falta de recursos enfrentada pelas delegacias especializadas, das instalações aos equipamentos, inclusive em relação às celas onde ficam detidos inicialmente os acusados de crime contra mulheres.
É preciso, portanto, completar o que se iniciou com o surgimento da Lei Maria da Penha, com o sistema policial e o Judiciário tendo condições de decidir com agilidade as punições que têm de ser aplicadas aos agressores.
Ao mesmo tempo, a sociedade tem de se mobilizar no sentido de acabar com a cultura da violência contra a mulher, arraigada na mentalidade de homens que espiritualmente não evoluíram e continuam considerando o gênero feminino como inferior ao masculino.
A mulher não pode continuar sendo prisioneira do medo, abafando muitas vezes a sua queixa, por temor à agressividade do companheiro que na verdade não mereceria a companhia dela.

Fonte desta noticia: Jornal O Popular de Goiânia

"A terra é um só país e os seres humanos seus cidadãos"
-Bahá'u'lláh-
Governo boicota entidade Baháí

Jornal do Brasil - Rio de Janeiro, RJ - sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Marsílea Gombata Intransigente, o governo iraniano é acusado de violar direitos humanos de 300 mil integrantes da comunidade religiosa Bahá'í. A denúncia contra o abuso de poder vem de adeptos da Fé Bahá'í e é um pedido de socorro para um problema alarmante. A Comunidade Internacional Bahá'í recebeu uma cópia de uma carta confidencial em que o Ministério de Ciência, Pesquisa e Tecnologia do Irã ordena a expulsão de estudantes bahá'ís das universidades.

O documento contradiz a versão oficial em que o governo garante não haver discriminação contra bahá'ís no Irã, depois de 900 estudantes terem sido expulsos de centros acadêmicos nos últimos três anos. - O radicalismo da ditadura do Irã tem sido cada vez pior nesse conflito crescente - explica Washington Araújo, integrante da Assembléia Nacional dos Bahá'ís do Brasil. A religião é a segunda maior do Irã. Nos primeiros 10 anos desde a sua criação em 1844, cerca de 20 mil integrantes foram mortos por xás que viam a comunidade como subversiva. Ao acusar a Bahá'í de incentivar a prostituição, por dar direitos iguais a homens e mulheres, autoridades fuzilaram, enforcaram e apedrejaram seus adeptos em praça pública.

O conflito piorou com a Revolução Iraniana de 1979 - que transformou a monarquia do xá Reza Pahlevi na república do aiatolá Ruhollah Khomeini. Todos os bahá'ís funcionários públicos foram demitidos e tiveram aposentadorias e bens confiscados. Quando tentam deixar o Irã, são proibidos de se declararem bahá'ís. E, se o fazem, têm o pedido para sair o país negado. - Somos perseguidos e o governo nos nega proteção e direitos constitucionais - avalia Araújo. - Com os xás era ruim, mas o regime atual é aterrorizante. Na alfabetização, professores ridicularizam crianças bahá'ís frente às outras, denuncia Araújo. A discriminação , no entanto, não ocorre da mesma forma com outras minorias religiosas, como judeus e cristãos.

- No último mês, muitos bahá'ís foram perseguidos e estamos com medo de que a intolerância religiosa se transforme em assassinato em massa, numa onda de violência sem precedentes - desabafa Araújo. O governo se recusa a assinar acordos com a ONU e veta a entrada de observadores de organismos internacionais. Para punir o assassinato de centenas de integrantes nos últimos 30 anos, a comunidade da Fé Bahá'í - composta por 6,5 milhões de pessoas - procura divulgar abusos do governo. - Em nenhum outro país enfrentamos essas dificuldades - lamenta Araújo. - O mundo se preocupa com a bomba atômica, mas o totalitarismo é alarmante.Nota:

Nota:O texto acima é a transcrição literal da reportagem publicada no Jornal do Brasil (Rio de Janeiro) no último dia 21 de setembro de 2007.

Fonte: Jornal do Brasil

"A terra é um só país e os seres humanos seus cidadãos"
-Bahá'u'lláh-
Campanha do Governo Iraniano contra os bahá´ís mostra novas facetas

Nova York, 21 de setembro de 2007 (BWNS) - O arrasamento de um cemitério bahá´í no Irã, na última semana, é o último de uma série de incidentes de uma campanha de ódio liderada pelo governo contra os bahá´ís.
A destruição do cemitério por indivíduos utilizando equipamento pesado ocorreu entre 9 e 10 de setembro próximo de Najafabad, nas cercanias de Isfahán. O que aconteceu lá é praticamente idêntico ao que já acontecera em julho, em Yazd, onde outro cemitério foi amplamente danificado através de um equipamento pesado para remoção de terra.
A lista de incidentes anti-bahá´ís tem crescido, como também violações dos direitos humanos contra outros grupos no Irã.
Em Najafabad, alguns dias antes da destruição de mais de 100 sepulturas bahá´ís, cartas ameaçadoras foram enviadas para cerca de 30 famílias bahá´ís. Em maio, na província de Mazandarán, casas vazias de seis famílias bahá´ís iranianas foram incendiadas. Em junho, em Abadeh, vândalos escreveram em grafite frases ofensivas nas paredes de casas e de lojas pertencentes a bahá´ís.
Desde maio, os bahá´ís em pelo menos 17 cidades foram detidos para interrogatório. Seis novas prisões foram também relatadas. Em Karmanshah, um senhor bahá´í de 70 anos de idade foi sentenciado a receber 70 chibatadas e cumprir um ano de prisão, acusado de "propagar e divulgar o Bahaísmo e por difamação dos puros Imames." Em Mazandarán, um tribunal mais uma vez decidiu contra três mulheres e um homem que haviam sido acusados de "propagar materiais em nome de uma organização anti-islâmica."
"Todos esses eventos são resultados de uma antiga campanha do governo iraniano pra incitar ódio contra os bahá´ís", disse nesta data uma porta-voz da Comunidade Internacional Bahá´í.
"Isso deve ser causa de preocupação para todos os ativistas de direitos humanos em todas as partes do mundo", afirmou a sra. Diane Alá´í, a representante da Comunidade Internacional Bahá´í junto às Nações Unidas, em Genebra, Suiça.
Ela apela ao mundo para responsabilizarem o governo iraniano por suas ações de perseguição sistemática à comunidade bahá´í no Irã, e que governos e instituições internacionais em defesa dos direitos humanos ajudem a evitar que tal situação se deteriore em ainda maior violência. Os bahá´ís no Irã representam uma comunidade de cerca de 300 mil seguidores, sendo a minoria religiosa mais numerosa naquele país.
"Colocados num contexto histórico, esses tipos de ataques têm se repetido freqüentemente como um prelúdio de campanhas de opressão e violência ainda mais danosas."
"Enquanto alguns desses incidentes parecem ser de pequeno porte, o fato é que tais eventos estão crescendo como algo comum e natural entre a população, e relatórios dão conta que estão ocorrendo em virtualmente todas as regiões do Irã, mostrando que a perseguição aos bahá´ís permanece como iniciativa oficial do próprio governo. Portanto, são ações de total responsabilidade do governo, pelas quais deve ser responsabilizado perante a comunidade internacional", disse a sra. Alá´í.
"As pixações em Abadeh incluíram slogans como "Morte aos bahá´ís, os mercenários da América e da Inglaterra"; "Hezbolláh despreza dos bahá´ís."; "Bahá´ís – mercenários de Israel"; e "Os bahá´ís são sujos" — frases que se relacionam diretamente com a propaganda do governo que tem sido disseminada pela mídia iraniana nos últimos anos." Declarou a sra.a Alá´í.
Ela destacou que outros grupos no Irã estão também sofrendo violações ao exercício de seus direitos humanos mais elementares.
"Em meses recentes, as autoridades iranianas realizaram uma ampla campanha de sanções severas contra a sociedade civil, tendo como alvos eruditos acadêmicos, ativistas dos direitos da mulher, estudantes e jornalistas", - acrescentou a representante bahá´í em Genebra.

[Para mais detalhes e fotos acesse: www.news.bahai.org)


"A terra é um só país e os seres humanos seus cidadãos"
-Bahá'u'lláh-
Nova manobra do Governo Iraniano para privar estudantes bahá'ís de acesso ao ensino superior. Cerca de mil estudantes receberam ultimato de se registrarem como muçulmanos ou ficarem fora das universidades

NEW YORK 14/8/2004 14:32:57

NOVA YORK – Em outra clara violação dos direitos humanos aos bahá'ís no Irã, cerca de mil estudantes bahá'ís em idade universitária, receberam a intimação de que devem identificar-se como muçulmanos para poderem ingressar este ano nas universidades oficiais do país – foi a informação recebida pela Comunidade Internacional Bahá'í.

Representantes da Comunidade Internacional Bahá'í souberam ontem desta ação, que envolve a pré-impressão da palavra “Islã” no campo referente à religião do candidato no resultado da seleção para ingresso nas faculdades nacionais, distribuído aos estudantes recentemente.

Isto ocorre após terem os estudantes bahá'ís sido levados a acreditar, através de pronunciamentos do Governo Iraniano na mídia e em afirmativas particulares, que não haveria questão referente a sua religião nos formulários de ingresso à universidade este ano no Irã.

“O Governo iraniano, na verdade, está tentando forçar os jovens bahá'ís a renegarem sua fé, se desejarem ingressar na universidade”, afirma Bani Dugal, representante oficial da Comunidade Internacional Bahá'í nas Nações Unidas.

“Esta ação vai contra todas as afirmativas que o Irã tem feito à comunidade internacional com relação à sua intenção de respeitar a liberdade religiosa e, de fato, contraria também os convênios internacionais sobre direitos humanos dos quais o Irã é signatário,” acrescentou a Sra. Dugal.

Já há mais de vinte anos os bahá'ís foram banidos das instituições de ensino superior unicamente por razões religiosas – uma violação que tem sido condenada em inúmeros fóruns internacionais sobre direitos humanos.

Esta atitude adotada pelo governo iraniano efetivamente amplia tal banimento, porquanto é fato reconhecido que os bahá'ís, por questão de princípio, não renegam sua Fé.

No passado, os formulários de ingresso exigiam que os candidatos se registrassem como seguidores de uma das únicas quatro religiões que têm reconhecimento oficial no Irã – o Islamismo, o Cristianismo, o Judaísmo ou o Zoroastrismo. Sendo estas as únicas escolhas possíveis, os bahá'ís, que se recusam a mentir sobre sua afiliação religiosa, ficavam excluídos das universidades.

Este ano, os formulários para os exames não continham o ítem referente à afiliação religiosa dos candidatos. Em vez disso, os candidatos precisavam apenas designar em qual das quatro religiões reconhecidas - Islã, Cristianismo, Judaísmo ou Zoroastrismo – escolheriam ser examinados como parte da seleção para ingressar na universidade.

Representantes da comunidade bahá'í foram assegurados de que, selecionando o Islã como matéria para os exames, isso não indicaria que os estudantes eram membros daquela Fé.

Entretanto, de acordo com relatos agora recebidos do Irã, depois que os estudantes bahá'ís fizeram os exames, as autoridades estão dizendo que este ato significa de facto uma declaração de Fé no Islã.

Nesse sentido, os estudantes bahá'ís estão sendo impedidos de entrar na universidade, já que tal aceitação significaria uma renúncia oficial à sua fé, e seria utilizado pelas autoridades como evidência de tal renúncia.

“Por mais de um ano, o Governo iraniano manteve a promessa de que os bahá'ís poderiam, pela primeira vez em cerca de vinte anos, ter acesso ao ingresso às instituições oficiais de ensino superior”, esclareceu a Sra. Dugal.

“Porém, agora, em uma atitude totalmente divergente de suas afirmativas, o Governo está dizendo: 'Vocês podem vir, mas precisam fingir que são muçulmanos'. Isso é algo que os bahá'ís não fazem. E o Governo iraniano sabe muito bem disto.”

A Comunidade Bahá'í no Irã, com cerca de 350 mil membros, é a maior minoria religiosa naquele país. Desde 1979, com a instalação da Revolução Islâmica, mais de duzentos bahá'ís foram mortos, centenas foram presos e milhares tiveram negado acesso à educação, emprego e outros direitos, em uma seqüência de episódios que demonstram tratar-se efetivamente de uma sistemática perseguição religiosa.
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Fonte:Ocean Library

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"A terra é um só país e os seres humanos seus cidadãos"
-Bahá'u'lláh-

PLENÁRIO - Bicentenário de Bahá'u'lláh - 29/11/2017 - 09:00

"A terra é um só país e os seres humanos seus cidadãos" -Bahá'u'lláh-